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quarta-feira, 3 de junho de 2009


Às vezes eu sigo caminhando pela rua. É o mesmo que andar no vazio é o mesmo que pisar no que não existe. Ao invés de andar, flutuamos. Não por estar em transe de felicidade, mas sim, porque não existe chão, não existe alicerce, o tudo desabou.


Quando ligo o rádio, na música que toca, ninguém canta, todos foram silenciados. A melodia é semelhante a cantos de amor, mas eles se foram, ninguém mais cantou. Todos perderam coragem de falar do que vem do coração.


Na rua observo que sorriem, o sorriso é grande, alto e logo se propaga. Quando espero um pouco mais, ele logo se desfaz, a cabeça do sorridente fica baixa, e ele olha pro mundo sem ter um olhar fixo, sem ter em quem se concentrar. Sorrisos de conveniência, sorrisos momentâneos, sorrisos que vêm e vão.



Tiraram-nos as flores, deixaram-nos os espinhos. Levaram-nos os jardins, trouxeram-nos os secos campos.


Eles e elas parecem que estão de luto, o guarda-roupa colorido de outrora, deu espaço às peças escuras e sombrias. Eles não se vestem de alegria, todos, se fantasiam de senhores da escuridão.


A luz do mundo foi apagada então.


1 comentários:

Uma mente inquietamente fértil!!! disse...

Minha bela você tem um encadeamento de idéias maravilhoso... sempre há uma luz na escuridão...bjos!!!